Recortei um trecho de uma ótima entrevista do Arquiteto Urbanista, Sérgio Magalhães, presidente da IAB e professor da UFRJ onde ele fala sobre urbanisto no qual concordo totalmente.
Pergunta
Alguns colegas seus têm criticado a estética, ou a falta dela, nas novas construções que estão surgindo no Rio.
Resposta – Não é exclusividade do Rio. A arquitetura do edifício está com esse problema grave atualmente. São poucos os arquitetos que valorizam o entorno. Se você pega as revistas vê que os projetos aparecem inseridos no lote, não na paisagem. É a arquitetura do lote esmagando a arquitetura da cidade. Cada um quer fazer da sua pequena obra a única obra-prima do mundo, então cada um tem que ter a sua mais abundante iconografia possível que simbolize tudo: progresso, desenvolvimento, sustentabilidade. Mas só na sua obra. Mais ou menos como aquele quadro do Andy Warhol com as 30 Monalisas. É a banalização da obra-prima. O que está por trás disso? Um pouco de vaidade, de incultura e questões de custo. Mas, principalmente, o fato de estarmos vivendo o tempo do indivíduo. O raciocínio é assim: “O que vale sou eu. E a cidade é o outro, portanto não me interessa”.